Estranhamentos e enfrentamentos.
Enfrentar o estranho que se posta no espelho toda vez que passo por ele é tarefa árdua. Pior é enfrentar o estranho que habita em algum canto do coração!
Estranhos somos nós! Tanto eu quanto ele!
O único comum nessa estória é o próprio coração, personagem carcomido pelo tempo como páginas amarelas de uma lista telefônica!
Enfrentar o estranho que se posta no espelho toda vez que passo por ele é tarefa árdua. Pior é enfrentar o estranho que habita em algum canto do coração!
Estranhos somos nós! Tanto eu quanto ele!
O único comum nessa estória é o próprio coração, personagem carcomido pelo tempo como páginas amarelas de uma lista telefônica!
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Assim, ando me impondo restrições sobre a virtualidade! Tentando me desconectar dessa realidade que parece superficializar as relações. E sabe o que é mais divertido nisso tudo: notar que quase não há relação interpessoal além disso!
Inclusive aquelxs que me puxam a orelha quando transformo minha vida em um espaço de leitura aberto não se preocupam em estreitar comigo um outro tipo de diálogo!
E o que se impõe é uma estranha sensação de solidão que tento superar com o café, cigarro e leitura!
Pois é, começo a acreditar que a internet é uma adaga sem cabo, ao segurá-la é inevitável não se cortar ao desferir golpes em sentimentos invisíveis! Uma adaga que todxs seguramos com força, aquelxs que usam ou negam, todxs!
Até porque a superficialidade está com a mesa posta, sentadinha, esperando por nós, cheia de dentes afiados. E não se engane, nós somos o prato principal!
Sendo assim, lá vou eu ser devorado pelos convidados da ceia: superficialidade, solidão e individualismo!
De nada vai adiantar espernear, a adaga já cortou a carne e os convidados já salivam!
Nós mesmos nos servimos como prato dessa refeição suculenta que chamamos de vida!
Boa digestão!
Inclusive aquelxs que me puxam a orelha quando transformo minha vida em um espaço de leitura aberto não se preocupam em estreitar comigo um outro tipo de diálogo!
E o que se impõe é uma estranha sensação de solidão que tento superar com o café, cigarro e leitura!
Pois é, começo a acreditar que a internet é uma adaga sem cabo, ao segurá-la é inevitável não se cortar ao desferir golpes em sentimentos invisíveis! Uma adaga que todxs seguramos com força, aquelxs que usam ou negam, todxs!
Até porque a superficialidade está com a mesa posta, sentadinha, esperando por nós, cheia de dentes afiados. E não se engane, nós somos o prato principal!
Sendo assim, lá vou eu ser devorado pelos convidados da ceia: superficialidade, solidão e individualismo!
De nada vai adiantar espernear, a adaga já cortou a carne e os convidados já salivam!
Nós mesmos nos servimos como prato dessa refeição suculenta que chamamos de vida!
Boa digestão!
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Se comparamos o romance impresso
e a internet, vemos que o romance não tinha a pretensão de ser interativo! Ainda não tem, creio eu. A interatividade virtual da internet (como meio de comunicação) esconde os convidados da ceia, os quais citei. Estão todos ali, mas parece que somos nós (cada um/uma, rodeadxs de outros nós; entendidos aqui pela dupla significação do termo: ora plural, ora fios enredados) sentadxs à mesa. E, com esse ar de coletivo, não passamos de individuais, sentadxs ridiculamente sozinhxs, servindo vinhos e caviares, espumantes e peixes ao molho de manga. Servimos praias, rios e florestas. Servimos lindas imagens nossas e lindas frases a convidadxs que não passam de merxs observadorxs. Alguns/algumas, rarxs, servem lágrimas ou sangue. Outrxs, ainda mais rarxs, servem orgasmos. Mas minha percepção hoje está alterada, porque não vejo mais convidadxs à mesa, apenas observadorxs desatentxs que nem notam que retirei suas taças e pratos. Seguem sentadxs por pura inércia. Sorrindo e achando que estão sendo servidxs. E, então, sorrio eu, oferecendo o nada! Xs poucxs que notarem que retirei garfos, facas e comida, logo saem da mesa. Afinal, qual o interesse em uma vida repleta de nada?
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