Sabe aqueles dias em que você pensa muito e fala pouco? Esses dias são os poucos dias férteis, e são eles que adubam minha mente. Será por causa desses dias que você poderá ler meus textos, porque minha mente em si é estéril.
Explicações!
Andei um bom tempo egoista. Escrevi só pra mim e só eu saboreei meus textos. E quando menos esparava e vindo de onde eu menos esperava, me cobraram explicações: "Tu abandonou o blog?"
Não, mas achei que ninguém mais lia.
Agora que sei que alguém lê, volto a publicar minhas confusões mentais.
Aproveitem (ou não).
Sal.
Não, mas achei que ninguém mais lia.
Agora que sei que alguém lê, volto a publicar minhas confusões mentais.
Aproveitem (ou não).
Sal.
CONTATOS IMEDIATOS DE TERCEIRO GRAU
Parado, olhava para uma tela. Questionava a veracidade dos fatos. Como acreditar no virtual? A pop art, o expressionismo, arte palpável. Mas a irrealidade dos bites, surrealidade imposta. Restava a confiança no humano. Humanidade confiável, depilação sem dor, felicidade plena? Isso existe?
Um texto. Escrito, mas não palpável. Meio, receptor, emissor e mensagem. Teorias complexas, mesmo sem considerarmos o “ruído” como principal elemento. Uma foto. Algo desejável. Teorias incontidas. Freud.
Mas a confiança no humano seguia. “Por trás disso tudo há uma pessoa” – pensava enquanto lia as frases. Freud, maldito, resumiu demais, tudo pode ser sexo, mas sexo não é tudo. Essência humana, a chave do futuro. “Cuidado ao abrir a porta” – dizia pra si mesmo – “Não se exponha. Você é fraco, suas fraquezas são muito claras”.
Éramos dois, um homem e uma mulher, mas nos via como crianças, sempre vejo as crianças. Correm para seus pais, correm para o conforto, mas são curiosas. Abrem todas as portas; mesmo as proibidas.
Mais uma porta aberta. Pronto, agora é tarde. Mais um contato de terceiro grau.
Envolto nas sombras, sai caminhando. Olhava para o mar, ele me respondia muitas perguntas. Sua imensidão é prova de quantos caminhos ainda não foram encontrados. Mesmo assim ele existe, mostrando-se gigante, sem medos, sem culpas.
Um sorriso. Dois amigos se fizeram. “Ela parece ser legal!...”.
Ausência. Rio, mas não me escuto. Mundo virtual, suas falhas me consomem.
Diferenças. Começaram os limites. “Eu fumo. E daí?” - dizia ele. “Nada, eu odeio cigarro!” – afirmava ela. Mas mundos tão distantes não se cruzam, a não ser pelo inexorável espaço entre minha tela e a dela. A teoria do tempo foi vencida, a do espaço ainda não. Dois corpos não ocupam o mesmo lugar, mas dispõem do mesmo tempo.
Teorias. Frutos que caem, corpos que se aceleram, humanos que se aproximam. A confiança é realmente importante.
Eu continuo andando. Vejo os corpos e me pergunto se algum foi meu. Um dia, talvez eu ache meu corpo. Pode ser que o dela esteja próximo. Pode ser. Enquanto isso, desfrutamos do mesmo tempo. Ele é o suficiente para dois amigos.
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