Explicações!

Andei um bom tempo egoista. Escrevi só pra mim e só eu saboreei meus textos. E quando menos esparava e vindo de onde eu menos esperava, me cobraram explicações: "Tu abandonou o blog?"
Não, mas achei que ninguém mais lia.
Agora que sei que alguém lê, volto a publicar minhas confusões mentais.
Aproveitem (ou não).
Sal.

Pseudo erótica mente.

Abri os olhos. O dia já havia terminado. Era noite, uma profunda e triste noite. O aroma das damas entrava pela janela. Inundava meu quarto. Fechei os olhos. O escuro continuava, mas existiam aquelas explosões de luz, comuns quando apertamos os olhos com força. De olhos fechados, sentei-me na cama. Procurei pelo teu corpo. Nada. Na cama não há mais ninguém. Apenas um pedaço de mim. Deitei-me novamente. Abri os olhos. Com força procurei por claridade. Talvez esteja no banheiro. Não. Não há luz acesa em outro lugar da casa. Virei o rosto. Enfiei a cara no travesseiro. Ainda sentia teu perfume. Será que se eu lambesse o lençol? Será que sentiria teu gosto de novo? Não. Nada. Lambi. Mas nada do teu gosto. Só o perfume no travesseiro. Puxei o cobertor. Era como se te puxasse pra cima de mim. O peso no meu peito. O perfume na cabeça. Fechei os olhos. Você voltou. Finalmente chegou. Agora vamos esperar que o dia volte. Mantenha-me sem dormir. Enquanto teu perfume estiver aqui, eu posso te ter comigo. Sinto tua mão no pescoço, dando voltas em meus cabelos. Sinto tua boca no meu ouvido. Abri os olhos. Não devia ter feito isso. Percebi que teu perfume era tudo o que restava. Foi tudo ilusão. Agora foi. Mas teu perfume ainda está no meu travesseiro.

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