Explicações!

Andei um bom tempo egoista. Escrevi só pra mim e só eu saboreei meus textos. E quando menos esparava e vindo de onde eu menos esperava, me cobraram explicações: "Tu abandonou o blog?"
Não, mas achei que ninguém mais lia.
Agora que sei que alguém lê, volto a publicar minhas confusões mentais.
Aproveitem (ou não).
Sal.

Os erros de ontem.

Procuro andar por caminhos diferentes, entre outros motivos pra nunca repetir os erros de ontem. Recuso-me a repetir os erros que cometemos ontem. E nessa caminhada são tantos caminhos, tantas idas sem voltas, tantos erros. Mas é preciso caminhar. A ausência de movimento é ausência de vida. Minha vida. E girando em torno de mim, translação e rotação são movimentos incertos. São planetas que ficam, são pessoas que eram, são verbos no passado. Contudo, são verbos no futuro. Tudo será, irá, mudará. E assim novos planetas, novas pessoas, novos verbos são conjugados. E meu presente? Meu presente sou eu. Meu movimento constante, minha essência mutante. Meu ciclo, meu picadeiro exclusivo. Um palco onde os holofotes me iluminam. E meu brilho ilumina os transeuntes. Ilumino planetas, satélites, cometas. Ilumino almas. Almas em pecado, almas em perigo. Almas que se perderiam na inexistência de uma fé irreal. Minha trajetória sem rumo traz à tona a incerteza da volta. Esclarece assim a dúvida. O tempo não volta, não há tempo de errar de novo. Mas há tempo de corrigir os erros, mesmo que caminhando por outros lugares, navegando em outros mares. E assim, do oceano ao espaço sideral, corro. Alterno o correr com o pular, sentar, sorrir, observar. Sim, sou apenas um observador. Mas minha presença é notada. Não me sinto terceira pessoa do singular, tampouco verbo impessoal. Sou o centro ao lado. Sou o olho do furacão. A calmaria e a agitação. Sou a paz que habita meu coração. E na incerteza de voltar, me recuso a repetir os mesmos erros de ontem.

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